A mostra, que desbrava o universo dos 156 contos dos irmãos Grimm
(escritos entre 1812 e 1815) com a identidade do folclore do agreste
brasileiro, conta as fábulas por meio de instalações interativas e
sensoriais, em uma área de mais de 2 mil metros quadrados dividida em
seis espaços temáticos.
O agreste brasileiro
está representado no formato das peças, através das xilogravuras do
artista pernambucano José Francisco Borges, mestre da literatura de
cordel, que criou 43 ilustrações especialmente para a montagem. São
diversos espaços nas áreas interna e externa da unidade Interlagos,
ligados por trilhas narrativas e sensoriais. A cenografia tem inspiração
medieval, e traz imagens de contos como "A Gata Borralheira", "João e
Maria", "Chapeuzinho Vermelho", "Rapunzel" e "Branca de Neve", além de
contar com a reprodução de uma floresta e a Casa das Poções, dedicada a
oficinas educativas.
"Grimm Agreste" foi
inspirado no livro Contos Maravilhosos Infantis e Domésticos, de Jacob e
Wilhelm Grimm (Editora Cosac Naify, 2012), e tem como objetivo unir as
narrativas populares da Alemanha e do Brasil e resgatar um folclore
ancestral que sobrevive à passagem do tempo e transita entre oralidade e
literatura. O agreste se coloca como uma representação da natureza e da
cultura brasileira, no intuto de explorar novos aspectos da produção
dos Irmãos Grimm.